Após
Jesus chamar os 12 homens para com Ele caminhar, uma disciplina (discipulado)
foi iniciada com estes homens. Disciplinar alguém, ou ensinar alguém, sobre uma
mentalidade que não pertence a este mundo, não é uma tarefa muito fácil. O
Evangelho nada mais é que uma mudança em nosso pensar, em nossa cultura, em
nossas convicções... Por isso, toda palavra que sai da boca de Jesus é um
espírito (mentalidade) que resulta em uma qualidade de vida.
Vimos
nos Evangelhos, que na religião judaica, os cultos e os ritos, geraram naqueles
que eram responsáveis por sua execução uma roupagem (aparência - hipocrisia) falsa
e acabaram por transformá-los em homens maus:
Ai de
vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que edificais os sepulcros dos
profetas e adornais os monumentos dos justos, E dizeis: Se existíssemos
no tempo de nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar o
sangue dos profetas. Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos
que mataram os profetas. Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.
Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno? Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade; Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar. Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração. Mateus 23:29-36
Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno? Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade; Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar. Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração. Mateus 23:29-36
Jesus
advertiu os discípulos: “Ajuntando-se entretanto muitos milhares
de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos
seus discípulos: Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a
hipocrisia.” Lucas 12:1
Esta
“geração má” é fruto de uma religiosidade perniciosa. Portanto, qualquer que
seja o tempo ou a época em que se vive, corremos o risco de transformar o
ensino, ou a disciplina em algo que nos transforme em homens maus. Olhando para
outro texto, vemos um ensino como uma advertência aos discípulos que estavam
com Jesus pelo Caminho da consciência ou de um novo espírito (mentalidade):
Acautelai-vos,
porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas,
interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis.
Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim,
toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.
Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda
a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto,
pelos seus frutos os conhecereis. Mateus 7:15-20
Ocorre
que é em João que encontramos uma parábola que insere o contexto “árvore, varas e frutos”:
Eu sou a
videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não
dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, vara que dê mais fruto.
Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.
Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. João 15:1-6
Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. João 15:1-6
É
possível alguém “estar em Jesus” e não dar fruto? Sim. Jesus disse: “Toda
a vara em mim, que não dá fruto, a tira”... Por que? Simples. A reunião é feita em Nome de Jesus, a
oração também, bem como a operação de sinais e prodígios, mas pode não estar
frutificando. Ora, mas estamos fazendo tudo em Nome de Jesus e não estamos
frutificando?
Existe uma expressão muito sutil que passa despercebida
pelos nossos olhos quando estamos lendo esta parábola: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto”. Quando praticamos as boas obras a que fomos
chamados a realizar no Nome de Jesus, estamos nEle. Mas quando o processo que
nos conduz para estas boas obras, não vem da nossa vontade, nem do nosso
esforço, mas sim da vontade de Cristo, Ele está em nós! Discernir isto precisa
de uma ferramenta: Evangelho.
Hoje vamos aprender que ferramenta é esta e
como devemos usá-la para discernir quais as intenções que brotam dos nossos
corações: se vem de Cristo ou se são frutos de nós mesmos.
Transformar o Evangelho numa religião foi o
maior erro que o homem poderia ter feito; porque as sistematizações que fizeram
a partir do Evangelho, mudaram aquilo que era simples em um conceito
eclesiástico e de hierarquias. Jesus sempre advertiu os discípulos acerca dessa
tentação:
Naquela
mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o
maior no reino dos céus? E Jesus, chamando um menino, o pôs no
meio deles, E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e
não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.
Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no
reino dos céus. E qualquer que receber em meu nome um menino, tal como
este, a mim me recebe. Mateus 18:1-5
E fazem todas
as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as
franjas das suas vestes, E amam os primeiros lugares nas ceias e as
primeiras cadeiras nas sinagogas, E as saudações nas praças, e o serem
chamados pelos homens; Rabi, Rabi. Mateus 23:5-7
Quando
a obra de Deus em nós é forçada por um processo de visibilidade aos olhos de
terceiros, de reconhecimento humano, de glória pessoal, ou de afirmação no
meio, tudo isto é um processo religioso, pernicioso e característico de uma
geração má. Assim podemos estar em Cristo, porém Cristo não está Se movendo em
nós! Não é uma operação do Espírito, ainda que em Nome de Jesus mortos sejam
ressuscitados, cegos vejam e paralíticos andem, mas o fato é que Ele não está
em nós!
Jesus
disse que o Pai busca encontrar em nós uma mentalidade (espirito) e uma disciplina
(verdade) que nos faça adorá-lo conforme Cristo O adorou. A mente de Cristo
deve ser a nossa mente, os processos em Cristo para fazer as boas obras devem
ser os mesmos que atuam em nós.
Assim,
agora podemos discernir o texto: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas,
que vêm até vós vestidos como ovelhas”. Jesus
não está falando de outro homem diferente de nós e que vem até nós “vestido de
ovelha” NÃO! Jesus está dizendo para nós, que somos seus discípulos, que
devemos reconhecer em nós mesmos este homem que faz as boas obras, porém a
árvore que NOS supre para as boas obras não é a VIDEIRA VERDADEIRA. “mas,
interiormente, são lobos devoradores”. Um “lobo
devorador” é um animal em nós pronto para nos consumir, um animal carnívoro,
que se alimenta da nossa carne, e mata nossa verdadeira espiritualidade
(mentalidade de Cristo)
A única pessoa, além do Espirito Santo, que
pode reconhecer em si mesma a qualidade do seu fruto somos nós. Se pretensiosamente
estivermos a julgar a qualidade de um fruto alheio estaremos incorrendo em
outra advertência antes dessa:
Não
julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que
julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de
medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu
irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu
irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita,
tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho
do teu irmão. Mateus 7:1-5
Todo
fruto alheio julgado por nós, gerará um justo juízo de Deus acerca da frutificação
que estamos manifestando, que nos qualificará e nos julgará na mesma medida.
Portanto, não podemos transformar o Evangelho, e a disciplina que dele decorre,
em julgamentos de terceiros:
Portanto,
és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas
a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.
E
bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas
fazem. E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas,
cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus? Ou desprezas tu
as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a
benignidade de Deus te leva ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza
e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia a ira e da
manifestação do juízo de Deus; O qual recompensará cada um segundo as suas obras... Romanos 2:1-6
Paulo
diz que o “juízo de Deus é segundo a verdade” justamente porque só o Espirito
Santo de Deus conhece qual seja a intenção verdadeira da boa obra que se
manifesta, se ela procede de uma boa árvore ou de uma árvore má.
Amados,
não ignoreis isto:
Porque
todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba
segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. Assim que,
sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos
manifestos a Deus; e espero que nas vossas consciências sejamos também
manifestos. Porque não nos recomendamos outra vez a vós; mas damo-vos
ocasião de vos gloriardes de nós, para que tenhais que responder aos que se gloriam
na aparência e não no coração 2 Coríntios 5:10-12